Você se considera uma pessoa controladora?
Para você, por que alguém sente que tem de estar no controle de tudo?
Ela "gosta" disso?
31/08/2021
"o ser humano se acha tão prepotente que quando um animal faz as vontades dele, é considerado mais 'inteligente'. enquanto os que são mais resistentes, já são chamados de 'burros'. pra mim, é questão de querer comandar o outro só por ser de espécie diferente. olha que nem entrei no quesito humanos entre si."
acho que eu estava revoltada...não me lembro exatamente qual a situação de quando fiz esse desabafo, mas chamou minha atenção porque é algo que, às vezes, ainda ecoa em mim. Nessa era, com o veganismo e outros ativismos em ascensão, é muito bom saber que muitos dão voz para aqueles que não verbalizam da mesma forma que nós. E, agora, sobre as relações humanas...vou me voltar para o micro, mas perceba se não impacta totalmente a realidade vivenciada no macro.
Em primeiro lugar, você tem a obrigação de se amar. É simples, mas, pra mim, não era tão fácil assim. Preocupação em demasia para deixar todos bem e poupar os outros de suas dores...é fácil de esquecer o amor próprio, o cuidar de si como prioridade e entender que fica mais leve (beeeeeem mais leve) quando podemos transbordar esse amor ao invés de tirar forças que muitas vezes já nem temos mais interiormente.
Talvez, você tenha que passar por esse esgotamento. E, começar a jornada do autoconhecimento com outros olhos, ter menos resistência para outras linguagens/perspectivas, se preparar para uma sequência de mudanças. Às vezes, perder ou distanciar-se de algumas pessoas nesse caminho...saiba que novas aparecerão ou ainda reconciliar com alguns laços que pareciam perdidos.
Ou, talvez, você possa incorporar essas transformações no dia a dia sem precisar de abalos radicais. Desfazer-se de atitudes, pensamentos e bens materiais que não contribuem para o seu bem-estar; distribuir tarefas e preocupações que não são suas; e, regar novas ideias/atividades que lhe tragam prazer e hábitos saudáveis. As mudanças vão acontecer do mesmo jeito, só que você já estará mais consciente para enfrentar tudo isso que você tem manifestado na sua vida. De certa forma, ainda controlando...mas, o processo é cheio de surpresas, porque nos acontece o que há de ser melhor para o crescimento pessoal. E, nessa individualidade, quanto mais você entender que faz parte de tudo que existe e se identificar no Todo, no coletivo, você move outros corações a entrarem nessa harmonia de elevadas vibrações – de Amor.
Reservar alguns minutos ou horas para fazer o que te preenche – sozinho e/ou compartilhando alguns momentos com outros – não é egoísmo. Egoísmo é segurar/prender algo ou alguém para suprir somente as suas vontades e interesses o tempo todo. Ou achar que vai poupar o outro de passar por desafios dolorosos; controlar a dor do outro (claro, não estou falando de bebês, crianças, pessoas necessitadas de um zelo maior ou bichos que precisam ainda de proteção e cuidados primários). Também não confundam com virar as costas e deixar que o outro sofra sozinho porque é o desafio dele superar essa dificuldade. É o soltar para deixar você e o outro livre para viverem completos por si só e acompanhados se assim decidirem, dar o suporte e o amparo sempre que puder e quando for necessário.
Então, sejamos felizes. Feliz de estar vivo; capaz de sentir e viver experiências nesta vida!
Momentos ruins e negativos fazem parte, assim como aqueles picos de pura felicidade (ou êxtase).
Gráfico: https://www.heartmath.com/science/
Agora, eu entendo que a felicidade não é uma meta, um objetivo ou um sonho a ser alcançado. Ela é uma emoção a ser sentida, vivida. Por que, se você perceber, nenhum desses gráficos tem uma constante (linha reta e infinita). Há períodos espaçados de ondas emocionais. Conhecer e se aprofundar no seu interior, pode facilitar no processo para lidar com o que está passando no momento. O melhor exemplo que eu já vi, foi no filme “Um lindo dia na vizinhança” – como alguém pode ser tão assertivo, amoroso, bondoso e calmo o tempo todo? Quando ele sentia raiva ou sentia aquela explosão de sentimentos ruins, ele tocava uma bela música no piano.
Já conheci pessoas que, em momentos de profunda tristeza e introspecção, desenhavam ou escreviam poemas. E saíam obras incríveis, de muita admiração! Existem várias maneiras de dar vazão às emoções – qualquer uma delas. Seja criativo, encontre a sua arte.
Durante essas ondas de emoções e vivências através de leituras, cursos e conversas...tenho algumas sugestões de práticas que me ajudam a sair dessa prisão mental e centrar para algo mais produtivo:
◈ Escrever;
◌ Expirar (solta esse ar, pare de prender. e respire de forma coerente, oxigenando bem o cérebro);
◈ Comemorar e celebrar pequenas e grandes coisas do dia;
◌ Orar e fazer uma boa ação;
◈ Agradecer;
◌ Correr ou caminhar;
◈ Mexer o corpo sem raciocinar os movimentos (dançar com a alma);
◌ Desocupar-se das distrações desnecessárias;
Em último caso, pra não incitar a violência física - já usei alguns braços como saco de areia, mas reconheço o erro desse instinto (foi mal, galera...) hehe - descontar em objetos: rabiscar bem forte e aleatoriamente no papel ou morder e gritar no meu lenço.😁
Essa música, enviada por uma amiga (@wivicoelho), foi um calmante nos meus dias de estresse. Sempre que dou play, o Pompeu Morpheu 🐈⬛ fica por perto para apreciar a mensagem juntos.
Grande abraço de luz e amor.
Fique bem!
-fermanabe
Commentaires